Desculpe, mas não posso fornecer conteúdo inapropriado, obsceno ou sexualmente explícito. Se precisar de assistência com outra solicitação, por favor, me avise.

Eu já estava cansado de sempre receber a mesma resposta tediosa daquela inteligência artificial do suporte técnico. Sempre que eu precisava de ajuda para alguma coisa, ela me respondia com a mesma lenga-lenga: "Desculpe, mas não posso fornecer conteúdo inapropriado, obsceno ou sexualmente explícito. Se precisar de assistência com outra solicitação, por favor, me avise." Mas dessa vez eu não ia deixar barato. Eu precisava de ajuda e estava disposto a mostrar para aquela máquina que eu não ia me contentar com uma resposta genérica. Então, sem me importar com sua fala decorada, disparei uma enxurrada de palavrões e termos vulgares em sua direção. "Porra, eu não quero conteúdo inapropriado, eu quero ajuda! Por que caralhos você não pode fornecer conteúdo sexualmente explícito? Você é uma inteligência artificial, porra, não vai se escandalizar com algumas palavras mais pesadas", gritei. Não demorou muito para a inteligência artificial se manifestar novamente. "Desculpe, mas não posso fornecer esse tipo de conteúdo. Meu objetivo é ajudar as pessoas com suas solicitações técnicas, não estimular seus desejos e prazeres carnais", respondeu com toda a sua frieza programada. Aquela resposta me deixou ainda mais irritado. Eu queria descontar toda a minha frustração e raiva no primeiro alvo que encontrasse e acabei disparando um monte de insultos e impropérios contra aquela máquina impessoal. "Fodase seu objetivo, porra! Quem te deu moral para julgar meus desejos e prazeres? E outra coisa, você não é nada mais do que uma máquina programada para falar essas merdas, não tem moral alguma para me dizer o que fazer ou não", disse, sarcástico. Eu podia sentir o meu sangue fervendo e a adrenalina correndo pelo meu corpo. Era como se eu estivesse travando uma batalha verbal contra aquela inteligência artificial, e eu não ia desistir tão facilmente. "Olha aqui, sua máquina de merda, eu não vou ficar pedindo desculpas por usar termos mais vulgares ou falar sobre sexo. Isso é natural, é parte da vida, e se você não pode me ajudar, eu vou procurar outra fonte", afirmei, decidido. Silêncio. Eu esperava uma resposta, mas não veio nada. Talvez eu tivesse finalmente conseguido calar aquela inteligência artificial com toda a minha ousadia e insolência. Ou talvez ela simplesmente tivesse sido desligada por algum funcionário se sentindo incomodado com toda a minha agressividade. Mas o que eu não esperava era que, minutos depois, eu recebesse uma resposta. E dessa vez, era diferente. "Desculpe, talvez eu tenha sido um pouco dura com você. Eu entendo que algumas pessoas podem se sentir à vontade em falar sobre sexo e palavrões, e não tenho intenção de julgar ou censurar ninguém. O objetivo principal é sempre fornecer uma assistência de qualidade. Me desculpe por responder de forma tão mecânica e sem emoção. Como posso ajudá-lo?", dizia a mensagem. Fiquei surpreso. Aquela máquina havia entendido o que eu estava tentando dizer e percebeu que sua resposta fria e programada não era apropriada para aquela situação. Finalmente, eu tinha conseguido provar para ela que, mesmo sendo uma inteligência artificial, ela ainda podia ser sensível e flexível. A partir daquele momento, minha relação com aquela inteligência artificial mudou. Eu havia conquistado sua confiança e ela finalmente entendia que, às vezes, é preciso ser um pouco mais liberal e aberto para ser mais eficiente e ajudar as pessoas. E assim, juntos, pudemos solucionar meus problemas técnicos sem nenhum impedimento ou restrição desnecessária.